Parlamento Europeu abre debate sobre o abuso do dinheiro da UE pela extrema-direita

A proposta foi aprovada com o apoio claro da maioria dos grupos políticos. Apenas os conservadores do grupo ECR e os Patriotas pela Europa e a Europa das Nações Soberanas (ESN), de extrema-direita, votaram contra. O debate deverá ter lugar ainda esta semana em Estrasburgo.

A iniciativa surge em resposta às recentes notícias de que antigos e actuais membros da extrema-direita estão a ser alvo de alegações de utilização indevida de dinheiros públicos - especificamente fundos destinados aos gabinetes, pessoal ou campanhas dos eurodeputados.

Por exemplo, de acordo com os meios de comunicação social franceses, a antiga fação de Marine Le Pen (Identidade e Democracia) está a ser investigada pela utilização não autorizada de cerca de 4,3 milhões de euros para actividades políticas, em violação das regras do Parlamento Europeu.

O Grupo da Esquerda apela agora não só à investigação destes casos, mas também a alterações sistémicas às regras - incluindo a transparência do financiamento, controlos de auditoria e aplicação rigorosa de sanções em caso de utilização indevida de fundos.

De acordo com os promotores, o objetivo do debate é proteger a integridade institucional da União Europeia e impedir que os fundos europeus se tornem um instrumento de campanha política nacional - especialmente por parte de forças que apelam ao enfraquecimento da UE.